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Futuro ≠ Brasil


Futuro é uma palavra muito forte. Ou talvez não. Ela pode carregar muitas responsabilidades, quer seja por uma obrigação pessoal ter um amanhã dos sonhos ou até mesmo algo inerente da condição de onde se vive.  Eu vivo no Brasil. A observação seria: precisamos de um (bom) futuro ou de um (bom) presente? Se não há um (bom) presente, deveria haver um (bom) futuro. Mas não há, a não ser o acaso que, nesta situação, é inerente à nossa condição. O que fazer? Ou melhor, fazemos agora ou depois? O que eu quero dizer com esse papo louco?
Eu consigo entender todas as gerações do nosso país. O que não quer dizer que concorde com elas. Não vejo, em nenhum momento, uma geração que se sacrificou pela outra. Por exemplo, no dito “meus filhos viverão num país melhor do que eu vivi”. Isso é típico, em curto prazo, de um individuo que criou e se sacrificou por algo e passou adiante, digamos, “de mão beijada” a sua próxima geração. A questão moral está errada por isso? A família é um principio muito importante, neste caso, já que o bem estar dos entes no futuro faz com que o “patriarca” ou “matriarca” construa as bases para que sua descendência tenha ferramentas para continuar de modo satisfatório, principalmente na questão material. O problema é que é só isso. Não raro que quanto mais se tem no Brasil, maior os muros que cercam essas posses.
Essa é a nossa visão do amanhã. A criação de pontos de refúgio que mantenham aqueles que não pensaram no futuro longe.
Se hoje eu sou um “patriarca” que conquistará aquilo que minha descendência venha a possuir, o que devo fazer agora para que todos os demais tenham a mesma oportunidade? Por exemplo, não seria melhor possuir uma casa ou um carro simples, e esquecer a porta aberta de ambos na rua, sem medo de nada?
Para mim, a solução é isto mesmo: família. Se amarmos nossos filhos, netos e bisnetos, não deixaremos que vivam num país que seja violento ou sem perspectiva, ainda que dentro de muros altos e patrimonialmente protegidos. A valorização da família é um caminho para se ter um (bom) futuro.
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Sobre Paulo Matheus

Esposo da Daniele, pai da Sophia, engenheiro, gremista e cristão. Seja bem vindo ao blog, comente e contribua!

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