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A politização do cristão no Brasil – III


Continuação - Final

Temos, antes de tudo, que ter certeza que, ainda que o céu não seja aqui e que nossos sofrimentos sejam inevitáveis e curados no futuro, isso não nos torna isentos de nossas atitudes para com o próximo, seja ele contemporâneo ou vindouro. Logo, penso ser uma necessidade inerente do cristão pentecostal prezar pela educação básica a todos.

Não se pode a partir disso pensar que, por atualmente ser um dever do Estado, a educação deve ser cobrada e não realizada. Os cristãos devem mover-se, aparecer, ser o protagonista das mudanças que todos necessitam.

Como um último exemplo, pensemos no tamanho territorial de nosso país e em como outros de mesmas dimensões trataram historicamente as práticas governamentais. O modo como Canadá, Estados Unidos e a Austrália (2º, 4º e 6º maiores territórios do mundo, respectivamente), originalmente povoado por protestantes, dividiram e administraram seus territórios se refletem em suas economias e estabilidade social. Entretanto, os demais países de grandes proporções territoriais, como Russia, China e Índia (1º, 3º e 7º maiores territórios do mundo, respectivamente) não dividem suas administrações de forma mais automata. A centralização do poder e a burocratização não é uma característica fundamental dos três primeiros países citados. Os outros, por diversos motivos, não atingem índices satisfatórios em relação ao seu potencial. O Brasil, infelizmente, se posicionaria, assim como a Argentina (8º maior em território) mais para o lado de Rússia, China e Índia.

A autonomia de unidades menores é a chave para a cobrança mais efetiva. A educação só será mudada se um poder maior estiver nas mãos dos menores. O cristão, sendo assim, deve lutar por isso. Não é uma ideia partidária, e sim uma necessidade real. A centralização não responde mais nossas necessidades.

Agir e orar. Orar e agir. Devemos estar prontos espiritualmente para enfrentar esses desafios. Devemos agir com sabedoria, com prudência mas com efetividade. Não basta um ou outro. Ambos são necessários. São nossos filhos e netos que estão em debate. São eles que, com uma boa educação e politizados, levarão o cristianismo adiante.



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Sobre Paulo Matheus

Esposo da Daniele, pai da Sophia, engenheiro, gremista e cristão. Seja bem vindo ao blog, comente e contribua!

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