Existem
quatro extremos dentro de dois quando falamos em teoria e prática da
advertência:
-
Advertir de forma contundente e proceder de tal forma, que parece se encaixar no campo da impossibilidade para nós humanos;
-
Advertir de forma contundente e agir como se isso não tivesse aplicação própria, que seria o sinônimo de incoerência;
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Advertir de forma errada, mas, ainda assim, agir de forma boa, que seria uma “incoerência do destino”;
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Advertir
de forma errada e ser um errado, ou, em outras palavras, agir como o
próprio príncipe das Trevas.
Pensei
alto sobre isso pois tenho uma dúvida que pretendo deixar no ar: por
que, quando isto convém, desdenhamos a biografia de alguém em
detrimento do que esta pessoa disse? Por que dizemos que uma pessoa
foi boa por que estava seguindo algo que julgamos estar certo, ainda
que esta pessoa tenha sido tão humana quanto qualquer outra?
Ou
então, resumindo: por que tentamos achar pontos fracos para
invalidar algo ou alguém, movido apenas por nossas paixões
intelectuais?
Para
tentar formular uma resposta, teríamos que usar as palavras de
Jesus: “O Meu mandamento é este: Amem-se uns
aos outros como Eu os amei” (João 15:12). Se seguirmos a
risca, não teríamos que fazer acepção entre um e outro, ou
melhor, teríamos menores brechas para a desonestidade de palavras e
atitudes.
Se
todos pecaram e não há um só justo, não deveríamos santificar
homens em prejuízo de outros homens. Sem acepção, acredito,
fugiríamos destes extremos.
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