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Minha redação do ENEM - 2009

Falta do que postar? Na verdade não. O melhor motivo mesmo é que o assunto eu nunca tratei por aqui. E convenhamos: é difícil ser imparcial sobre ele. Quando se fala nessa palavra, julgamos meio mundo e não fazemos nada para ficar melhor: corrupção.





Segue o texto.

O indivíduo frente à ética nacional

O modo de pensar adquirido pelo povo brasileiro durante sua história política tem sofrido constantes mudanças conforme o passar dos anos. Mas a nossa cultura de senso crítico em relação à política nacional segue sempre a mesma tendência, independente dos governantes ou da política que é pregada no momento em que se vivencia: um certo 'comodismo incômodo'.

De fato, o cenário político que estamos acostumados a acompanhar segue uma linha que margeia a corrupção. E isso não pode ser encarado como novidade, visto que o país viveu inúmeros momentos de negativas decisões políticas. Na monarquia, viu-se Dom João VI levar as riquezas do Banco do Brasil, de sua própria criação, para Portugal. A jovem República viveu anos na política do 'café-com-leite', o que dificultou a integração de outras regiões. A Era Vargas garantiu direitos trabalhistas, mas tirou o direito de voto. JK construiu Brasília, mas quem desconfiaria que seu futuro fosse do sonho ao descrédito? Nos 'anos de chumbo', onde se viu muita propaganda, se descobre até hoje que sua existência deflagrou um atraso. E Collor, onde se viu mais uma vez que a corrupção parecia uma marca registrada do poder público.

Contudo, citar eventos históricos nem sempre mostram que essa tendência negativa seja permanente. A campanha das Diretas Já e o Fora Collor foram movimentos e conquistas que o mesmo povo que se imaginava incrédulo com a situação poderia sim fazer a diferença. Provaram que uma nação, quando convicta de seus ideais e do interesse da maioria, é capazes de reverter um quadro político insolúvel com o bom funcionamento da sociedade.

Sendo assim, o indivíduo pode mover, com interesse, o futuro político de nosso país. Basta haver respeito entre as diferenças políticas de outros grupos e, mais do que tudo, uma ação conjunta em prol das melhorias necessárias, sempre com a fiscalização do poder público. O interesse, por mais simples que seja, e a cobrança, formam um elo extremamente necessário. É na atitude de cada cidadão que encontraremos nossa identidade, fazendo da ética nacional um orgulho de todos.

***

Um pouco de esperança com receita de bolo, é claro. Mas besteira mesmo seria dizer que nosso país não tem solução. Mesmo que a corrupção seja maior lá no Senado, a mudança nasce em cada um de nós, em cada atitude.

PMSS

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Sobre Paulo Matheus

Esposo da Daniele, pai da Sophia, engenheiro, gremista e cristão. Seja bem vindo ao blog, comente e contribua!

3 Comentário:

Rafaela disse...

Sua redação é digna de nota 100.
Tem tudo que o ENEM espera. Boa introdução, ótimo desenvolvimento, apresenta as características suscintamente e em progressão de tempo, mostra os dois lados da moeda e termina com uma proposta.
Sobre o assunto eu não preciso comentar muito, né? Às vezes até enche o saco ¬¬
Moro em Brasília. Isso diz tudo! É difícil conviver com o que há de melhor e pior aqui, mas a gente (população) convive tentando se manter dignamente. Passou da hora do SER HUMANO ter vergonha disso.

Josh Orrico disse...

Paulo, eu gostei da sua redação. Você só teria que mudar de lugar alguns trechos. :D

Tipo, no desenvolvimento, você apresenta fatos históricos. Isso seria mais interessante se fixado na introdução, e não no meio do texto. Mas os seus argumentos estão ótimos e a solução digna de palmas.

[mode professor de português = OFF]

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

Uma alegria conhecer seu ótimo blog. O Eterno resplandeça o rosto Dele sobre ti!

Medite no Salmo 36.8,9

Nele, Pr Marcelo

Visite: http://davarelohim.blogspot.com/

e veja o texto:

As três necessidades do apóstolo Paulo