O
maior questionamento hoje no Brasil é a validade de nossa
constituição. Ela parece nos deixar seguros quantos aos deveres do
Estado, de que nós devemos ter direitos fundamentais assegurados,
não importando o quão poderoso e grande o governo seja e não
importando o quanto de impostos teremos de pagar para que esses
direitos sejam cumpridos. É claro que isso é uma besteira, visto
que o Estado, sendo comandado por humanos, e ainda de forma
temporária – sem levar em conta o porvir-, não tem condições de
atender a todos, que, obviamente possuem suas particularidades, de
forma justa. São, pelo menos, quatro vezes mais menções de
direitos em relação a deveres na Constituição Brasileira de 1988.
Respeitar totalmente ela não significa estar com a consciência
tranquila. Isso não nos torna isento de quaisquer outras premissas
que não sejam o tamanho exacerbado do Estado. Ou seja, devemos
obedecer os pontos essenciais.
Pela
experiência histórica, sabemos que as constituições nacionais são
falhas, diferente dos decretos de Deus. A obediência que devemos a
Cristo difere da que devemos a qualquer forma de Estado. Somos,
portanto, propriedade de Cristo e não do Estado. A história do
Império Romano deixa como exemplo claro de dois aspectos importantes
nesse sentido:
1)
A tirania e a falsa liberdade: ainda que as fontes sejam
controversas, acredita-se que Nero tenha sido um tirano e que
perseguia cristãos. É muito comum ouvir falar o nome de Nero
associado ao incêndio de Roma em 64 d.C. e pouco com sua política
populista. Era conhecido por ajudar aos pobres e desenvolver
políticas sociais. Aos olhos do povo, ele parecia justo. Na verdade,
vivia de um modo extravagante e dispendioso, mesmo em meio a derrotas
militares e falência das finanças de seu império. Acredita-se,
também, que a culpa pelo incêndio tenha sido atribuída aos
cristãos, como forma de persegui-los. Anteriormente, assassinou a
própria mãe para assumir o poder. Sua tirania era disfarçada com
políticas voltadas aos pobres. Alguns o descreviam como um “ator”,
já que, como nas novelas, gostava de enganar para aumentar sua
popularidade. Condenado a morte por sua tirania, talvez pela
crucificação, suicidou-se antes;
2)
Nenhum governo absoluto e grande sobrevive: depois do fracasso da
perseguição dos cristãos, Roma adotou o próprio cristianismo,
através de Constantino, como doutrina oficial do império, ainda que
nenhum dos aspectos negativos tenham sido deixados de lado,
principalmente a corrupção. A mesma corrupção que permaneceu
mesmo após a queda do Império Romano do Ocidente, danificando
principalmente sua teologia nos séculos seguintes (com exceções).
Nosso
dever é, primeiramente, avaliar os discursos e perceber qualquer
populismo. As táticas de convencer as pessoas com benefícios
rápidos e mágicos só podem indicar o tal “jeitinho”, uma forma
carinhosa que ganhou a corrupção no Brasil. Soluções a curto
prazo só envolvem trabalho e empenho, nada mais.
Também,
não se deixar envolver apenas com a suposta moral ilibada dos ditos
políticos cristãos. Eles, ultimamente, são os que menos querem,
por exemplo, reaver seus “direitos adquiridos”, diminuir seus
custos e diminuir o tamanho do Estado.
Por
último, e não menos importante: plantar boas sementes. Não devemos
deixar de orar, mas somos impelidos a manifestar o que professamos.
Só assim, poderemos colher bons frutos. Somente pela obediência a
Cristo nos tornaremos dignos, exemplos para uma nação que parece
sem rumo.
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