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Tempo em Porto Alegre


Porto Alegre, com chuva, não funciona.
As ruas alagam, os bueiros choram.
O céu escurece, o oxigênio dura pouco.
Quem mais sofre é os que na rua moram.
Quem não sente é aquele mesmo ser humano,
que sai de um ar refrigerado para o outro.
Não passa mais nada pelo cano,
que não seja água, limpa ou esgoto,
promessas, sementes, insetos, gente.
Porto Alegre, com vento, não anda.
Anda com o empurro do vento,
se move em passos lentos de protestos
e mais lento ainda com transito,
suas árvores dançam freneticamente,
seus bustos permanecem intactos
mesmo que seus donos estejam abduzidos,
e suas ideias transformadas em mitos,
que funcionam no mundo mágico da teoria.

Ah quem me dera que POA fosse como ela,
meu raio de sol que mora em meu coração,
seus vendavais seriam brisas de verão,
suas chuvas apenas uma garoa a regar as flores.
Se Porto Alegre for como a princesa quer,
os pássaros cantarão um hino de louvor,
as casas serão coloridas, abertas, receptivas,
seu sol brilhará imponente no horizonte,
as árvores dançarão com o som de
as pessoas teriam motivos para rir de tudo,
sem que sejam remuneradas pelos papeis,
nossos motivos seriam muitos,
nossos objetivos maiores ainda,
mas tudo seria mais fácil,
a estrada para o horizonte seria menos sinuosa,
e caminhar será a maior das alegrias do povo.
Ah, Porto Alegre! Você precisa de um toque a mais
de um tom a mais!
Ou será que eu preciso dela mais do que tudo?
Se hoje o tempo não está bom,
só o próprio tempo poderá nos responder,
pois então, seguindo esta lógica,
seja gentil Sr. Tempo: traga um raio de sol para mim!


Para o meu raio de sol, Daniele Lopes!


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Sobre Paulo Matheus

Esposo da Daniele, pai da Sophia, engenheiro, gremista e cristão. Seja bem vindo ao blog, comente e contribua!

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