ad

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO








CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO
Eng. Paulo Matheus de Souza


. Segundo Mehta & Monteiro, o concreto é o segundo material mais consumido no mundo depois da água;
. Logo, suas qualidades e as propriedades de seus componentes devem ser observados antes de sua
produção e após a aplicação em obra.
. A principal norma que indica os procedimentos a serem observados quanto ao controle da qualidade
do concreto é a NBR 12655:2015.


O concreto é composto basicamente por:
. Cimento Portland
. Agregado Miúdo (Areia fina, média)
. Agregado Graúdo (Brita 0, 1, 2)
. Adições (Sílica, metacaulim, cinzas, fibras)
. Aditivos (Plast., poli., acel., retard., disp.)
. Água


. A proporção de materiais utilizados no concreto é obtida por meio de dosagem em laboratório;

. O traço elaborado deverá apresentar parâmetros físicos pertinentes aos materiais que o compõe para
fins de controle.


CIMENTO

. Para o cimento Portland, é necessário conhecer principalmente a massa específica e
sua resistência aos 28 dias.

. Massa específica: É realizado conforme a NBR 16605:2017.
. O procedimento, que utiliza o frasco de Le Chatelier, consiste em duas pesagens do frasco, uma com um liquido de viscosidade maior de 0,731 g/cm³ (empregado normalmente o querosene) e outra com o cimento imerso.
. Resistência à compressão: É realizado conforme a NBR 7215:1996.


AGREGADO MIÚDO

. Areia média, fina, industrial, pó de brita;
. Graduação abaixo de 4,8 mm.
. Os índices físicos avaliados nos agregados miúdos são: massa específica, massa unitária, granulometria e inchamento.


AGREGADO GRAÚDO

. Pedrisco, brita 0, 1 e 2;
. Os índices físicos avaliados nos agregados miúdos são: massa específica, massa unitária e granulometria.


ENSAIOS

. Massa unitária (NBR NM 45:2006) – Também chamada de massa específica aparente. É realizada para converter as massas em volume, tanto em areia quanto com a brita.


. Massa específica – agregado miúdo (NBR NM 52:2009) – É a relação entre a massa do agregado seco e o seu volume, excluindo os poros permeáveis.


. Massa específica e absorção – agregado graúdo (NBR NM 52:2009) – Determina a massa específica,
aparente e absorção (saturado superfície seca).


. Composição granulométrica (NBR NM 248:2003) - É a distribuição, em porcentagem, dos diversos tamanhos de grãos dos agregados.
. Realizado por peneiramento, tem grande influência nas propriedades do concreto.


. Inchamento – agregado miúdo (NBR 6467:2009) – Coeficiente utilizado para correção de umidade da areia.


CONTROLE NO ESTADO FRESCO

. Recebimento em obra: O principal  indicador para o recebimento em obra do concreto é o Slump Test (NBR NM 67:1998).
. Por meio dele, é possível saber a trabalhabilidade e verificar a coesão dos materiais.
. É realizado na chegada do caminhão betoneira.


. SLUMP

. Quanto menor a altura (em mm), mais seco. Quanto maior, mais fluido.


CONCRETO AUTO ADENSÁVEL

. Para recebimento de concreto auto adensável, a medida principal é o FLOW, ou SLUMP
FLOW (NBR 15823:2011).
. Outros procedimentos são adotados para a verificação das propriedades do concreto auto adensável, tais como: caixa L, passagem por barras de restrição e funil (escoamento).


CONTROLE NO ESTADO ENDURECIDO

. Moldagem de corpos de prova cilíndrico: É realizado conforme a NBR 5738:2016, a partir de uma
amostra de concreto retirada do terço médio do caminhão betoneira.
. O molde mais comum é o de 10x20 cm.

. Moldagem de corpos de prova cilíndrico: Demais procedimentos antes do ensaio: desforma, cura,
preparo.

. Ensaio de resistência à compressão (NBR 5739:2007): O rompimento é realizado em prensa (Classe 1 ou 2), com velocidade de carregamento 0,45 ± 0,15 MPa/s.
. O resultado é expresso em MPa.

. Ensaio de resistência à tração na flexão (NBR 12142:2010): Expresso em MPa, interessante para estruturas como pavimentos rodoviários e industriais.

. Extração de testemunhos de concreto (NBR 7680 – 1 e 2:2015): Não atendendo aos resultados no
ensaio de resistência à compressão, se extrai uma amostra in loco para avaliar novamente a resistência.


ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

. Esclerometria (NBR 7584:2012) – em revisão.
Propagação de ondas


FALHAS COMUNS NO PROCESSO:

. Demora na entrega do concreto;
. Moldagem mal executada;
. Transporte inadequado;
. Armazenamento sem climatização;
. Problemas com o preparo para ensaio;
. Equipamentos não calibrados;
. Falta de capacitação dos envolvidos.




BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT)
ISAIA, G. C. Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, 2011.
METHA, P. K.; MONTEIRO, P.J.M. Concrete: Microstructure, Properties and Materials. 3rd ed. New York, McGraw-Hill, 2006.
NEVILLE, A. M.; BROOKS, J.J. Concrete Technology. 2nd ed. Person Books, London, 2010.
PETRUCCI, E. G. R. Concreto de Cimento Portland. 13º edição. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.
RECENA, F. A. P. Dosagem e Controle da Qualidade de Concretos Convencionais de Cimento Portland. 3ª edição. Porto Alegre: Edipucrs, 2007.
SCANDIUZZI, L.; ANDRIOLO, F. R. Concreto e seus materiais: propriedades e ensaios. São Paulo: Pini, 1986.



Share on Google Plus

Sobre Paulo Matheus

Esposo da Daniele, pai da Sophia, engenheiro, gremista e cristão. Seja bem vindo ao blog, comente e contribua!

0 Comentário: