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J. C. Ryle e a pandemia

Como alguma frequência em seus livros, essencialmente na trilogia do anglicanismo evangélico (Nós Desatados, Caminhos Antigos e Religião Prática), nos deparamos com algumas indicações figurativas de J. C. Ryle em relação a doença e epidemias. Muitas delas são dignas de nota, como segue:


Em "Nós Desatados":

"Sinto que todos nós precisamos cada vez mais da presença do Espírito Santo em nosso coração para nos guiar, ensinar e manter-nos sãos na fé. Todos nós precisamos vigiar mais e orar para sermos sustentados e preservados da queda. Mas, ainda assim, existem certas grandes verdades que, em um dia como este, somos especialmente obrigados a manter em mente. Há ocasiões em que alguma epidemia comum invade uma terra, quando os remédios, sempre valiosos, adquirem um valor peculiar. Existem lugares onde prevalece uma malária peculiar, nos quais os remédios, em todo lugar valiosos, são mais valiosos do que nunca em consequência dela. Portanto, creio que há momentos e épocas na Igreja de Cristo quando somos obrigados a apertar nosso apego a grandes princípios verdadeiros, agarrá-los com mais firmeza do que a normal em nossas mãos, pressioná-los contra nossos corações, e não permitir que eles nos deixem" (Fariseus e Saduceus).

"Aconselho todo verdadeiro servo de Cristo a examinar seu próprio coração frequentemente e cuidadosamente quanto a seu estado diante de Deus. Esta é uma prática sempre útil: é especialmente desejável nos dias de hoje. Quando a grande praga de Londres estava no auge, as pessoas observavam os menores sintomas que apareciam em seus corpos de uma forma que nunca haviam notado antes. Um ponto aqui ou ali, que em tempo de saúde os homens não se importavam, recebia muita atenção quando a peste estava dizimando famílias e atacando uma após a outra! Assim deve ser conosco, nos tempos em que vivemos. Devemos cuidar de nossos corações com dupla vigilância. Devemos dedicar mais tempo à meditação, ao autoexame e à reflexão" (Fariseus e Saduceus).

"O pensamento da presença de Deus é um conforto em tempos de calamidade pública. Quando a guerra, a fome e a peste invadem uma terra, quando as nações são dilaceradas por divisões internas e toda a ordem parece em perigo, é animador refletir que Deus vê e sabe e está próximo, que o Rei dos reis está perto, e não está dormindo" (A Presença Real).


Em "Caminhos Antigos"

"As provações muitas vezes nos atingem de repente, como um homem armado. Doenças e ferimentos em nosso corpo mortal às vezes nos deixam deitados em nossas camas, sem qualquer aviso. Feliz é aquele que mantém sua lâmpada bem aparada e vive no sentido diário da comunhão com Cristo!" (Nossa esperança!).


Em "Religião Prática":

"Pode chegar o dia em que, após uma longa luta contra a doença, sentiremos que a medicina não pode mais fazer e que nada resta senão morrer. Amigos estarão de prontidão, incapazes de nos ajudar. A audição, a visão, até mesmo o poder de orar, estarão rapidamente falhando. O mundo e suas sombras estarão derretendo sob nossos pés. A eternidade, com suas realidades, surgirá diante de nossas mentes. O que nos apoiará nessa hora difícil? O que deve nos capacitar a sentir: "Não temo o mal"? (Salmo 23. 4). Nada, nada pode fazer isso, exceto uma comunhão íntima com Cristo. Cristo habitando em nossos corações pela fé, Cristo colocando Seu braço direito sob nossas cabeças, Cristo estando sentado ao nosso lado, só Cristo pode nos dar a vitória completa na última luta" (Doença).

"O tempo é curto. A moda deste mundo passa. Mais algumas doenças e tudo estará acabado. Mais alguns funerais e nosso próprio funeral acontecerá. Mais algumas tempestades e lançamentos e estaremos seguros no porto. Nós viajamos para um mundo onde não há mais doenças, onde a separação, a dor, o choro e o luto terminam para sempre. O céu está se tornando a cada ano mais cheio e a terra mais vazia. Os amigos à frente estão se tornando mais numerosos do que os amigos da popa. "Ainda um pouco de tempo e Aquele que há de vir virá e não tardará" (Hebreus 10. 37). Em Sua presença haverá plenitude de alegria. Cristo enxugará todas as lágrimas dos olhos de Seu povo. O último inimigo a ser destruído é a Morte. Mas ela será destruído. A própria morte morrerá um dia (Apocalipse 20. 14)" (Doença).

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Religião Prática
Disponível aqui.
Caminhos Antigos
Disponível aqui.
Nós Desatados
Disponível aqui.


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Sobre Paulo Matheus

Esposo da Daniele, pai da Sophia, engenheiro, gremista e cristão. Seja bem vindo ao blog, comente e contribua!

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